População de favela é mais negra e jovem que restante do país

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8 de novembro de 2024
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População de favela é mais negra e jovem que restante do país

Nas favelas brasileiras, a proporção de pessoas pretas e pardas é maior do que no Brasil. Por outro lado, a presença de brancos é menor que a proporção na população universal. Essas constatações fazem segmento de um suplemento do Recenseamento 2022, divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasiliano de Geografia e Estatística (IBGE).  

O levantamento, que também aponta um perfil mais jovem nas comunidades, identificou quase 16,4 milhões de moradores em 12,3 mil favelas, distribuídas por 656 municípios.

Os pesquisadores do IBGE consideram favelas e comunidades urbanas localidades com características uma vez que instabilidade jurídica da posse, escassez ou oferta precária ou incompleta de serviços públicos, padrões urbanísticos fora da ordem vigente e ocupação de áreas com restrição ou de risco ambiental.

>> Saiba quais são as 20 maiores favelas do Brasil

As pessoas pardas representam 45,3% do total da população brasileira. Os pretos são 10,2%. Juntos, somam 55,5%. Quando se olha unicamente para as favelas, os pretos são 16,1%; e os pardos, 56,8%. Somados alcançam 72,9%.

Por outro lado, os brancos, que são 43,5% da população brasileira, respondem por 26,6% dos moradores de favelas.
 


Brasília (DF), 07/11/2024 - Arte para a matéria Censo das favelas. Arte/Agência Brasil
Brasília (DF), 07/11/2024 - Arte para a matéria Censo das favelas. Arte/Agência Brasil

Segundo o IBGE, os amarelos (asiáticos) são 0,4% da população universal e 0,1% das favelas. Os indígenas representam 0,8%, tanto na população universal, quanto nas favelas.

O IBGE explica que o somatório dos grupos pardos, pretos, brancos, amarelos e indígenas supera 100% no recenseamento, pois foi facultado a moradores de áreas indígenas se identificarem uma vez que indígenas, mesmo que sejam de outras cores. Por exemplo, uma pessoa parda que mora em um território demarcado pôde se considerar indígena.

Vistos de outro prisma, os dados mostram mais aspectos da desigualdade racial no país. De todas as pessoas que se declararam brancas, 4,9% moravam em favelas. Entre os pretos, essa marca chegou a 12,8%, ou seja, de cada 100 pessoas pretas, praticamente 13 moravam em comunidades. No universo dos pardos, a relação era de 10 a cada 100 (10,1%).

Entre os indígenas, a proporção foi de 8%, tendo conseguido a maior marca no Amazonas (17,9%). O segundo maior percentual é entre os indígenas no Rio de Janeiro (12,7%).
 


Jovens da Rocinha participam do 1º Mutirão de Plantio De Olho no Lixo
Jovens da Rocinha participam do 1º Mutirão de Plantio De Olho no Lixo

Jovens da Rocinha durante atividade cultural – Divulgação/Secretaria de Estado do Envolvente

Mais novos

O recenseamento revelou que a população das favelas é mais jovem que a brasileira. O IBGE apresenta o índice de envelhecimento, que faz uma relação entre idosos de 60 anos ou mais e um grupo de 100 crianças de até 14 anos. Quanto maior o índice, mais envelhecida é a população.

No Brasil, o índice para a população totalidade foi 80 em 2022. Ou seja, havia 80 idosos para cada 100 crianças. Especificamente dentro das favelas, o marcador foi de 45 idosos para cada 100 crianças, indicando uma população proporcionalmente muito menos envelhecida.

A idade mediana da população residente no Brasil, em 2022, era 35 anos, ou seja, metade da população possuía mais de 35; e a outra metade, menos de 35. Analisando unicamente o universo de moradores de favelas, a idade mediana cai para 30 anos.

“Um indicador de que esses territórios são formados, proporcionalmente, por população mais jovem que a totalidade da população residente no país”, escreve o IBGE.

Sexo

O recenseamento indicou também que 48,3% dos moradores das favelas são homens; e 51,7%, mulheres. “Esses valores não apresentaram diferença expressiva em relação ao percentual de pessoas do sexo masculino e feminino na população universal, 48,5% e 51,5%, respectivamente”, assinala o instituto.

Outro indicador importante para traçar as características demográficas de determinada população é a razão de sexo. Quando esse número é igual a 100, indica o mesmo número de pessoas dos dois sexos. Caso a razão de sexo seja menor que 100, a população analisada possui mais mulheres que homens.

No Brasil, a razão de sexo da população totalidade era de 94,3 homens para moradia 100 mulheres, em 2022. Nas favelas, baixava para 93,4 homens para cada 100 mulheres.

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Recenseamento revela quais são as 20 maiores favelas do país; veja a lista

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SEU BRILHO SUMIU – SERTANEJO REMIX – ISRAEL E RODOLFFO, MARI FERNANDES – (DJ TONETTO)

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SEU BRILHO SUMIU – SERTANEJO REMIX – ISRAEL E RODOLFFO, MARI FERNANDES – (DJ TONETTO)

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