Filha de goiano que sobreviveu após ônibus tombar em MG conta que pai pediu para esposa colocar cinto antes do acidente: ‘Se não tivesse colocado, ela teria morrido’
A filha pontuou ainda que o pai ligou para a família após o acidente para avisar que estava bem. No total, 11 pessoas morreram e 36 pessoas ficaram feridas, segundo o Corpo de Bombeiros.
Renata Messias, contou que o pai sobreviveu após ônibus em que estava sair de Anápolis, na Região Metropolitana de Goiânia, e tombar na rodovia MG-223 e matar 11 pessoas, em Minas Gerais. De acordo com a dona de casa, ele ocupava os primeiros assentos do veículo e pediu para a esposa colocar o cinto antes do acidente. No total, 36 pessoas ficaram feridas, informaram os bombeiros.
> “Ele falou que se ela [ a esposa] não tivesse colocado o cinto, ela teria
> morrido”, relatou, em entrevista à TV Anhanguera.
A filha pontuou ainda que o pai ligou para a família após o acidente para avisar que estava bem. “Ele ligou de chamada de vídeo e falou: ‘olha, eu tô bem’. Isso devia ser umas 03h50 da manhã. Depois a gente ficou sabendo que ele tava sentindo muita dor no pé e muita dor no braço, porque ele foi no número 1 e 2”, mencionou.
O acidente ocorreu na madrugada de terça-feira (8), entre Araguari e Tupaciguara, no Triângulo Mineiro. Segundo o Corpo de Bombeiros, entre os mortos, estão duas crianças. Em nota enviada ao DE do Triângulo Mineiro, a viação Real Expresso, a qual o ônibus pertence, informou que o veículo transportava 53 passageiros e um motorista.
Após o ocorrido, Renata embarcou para Minas Gerais, para poder acompanhar de perto a situação. “Parece que é um dia que não tem fim, enquanto eu não ver o meu pai, enquanto eu não abraçar meu pai”, disse.
Segundo a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), o ônibus saiu de Anápolis e seguia para São Paulo. Em nota, a Prefeitura de Anápolis lamentou o acidente. “Nos solidarizamos com os familiares e amigos das vítimas, estendendo nossas mais sinceras condolências e desejando força”, publicou o município (leia a nota completa ao final do texto).
Conforme pontuado pela Real Expresso, parte dos feridos foram transportados para o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) e outros para a Unidade de Pronto Atendimento de Araguari.
“Estamos trabalhando em estreita colaboração com as autoridades responsáveis para investigar as causas do acidente e esclarecer todos os detalhes”, destacou a empresa (leia o pronunciamento completo ao final do texto).
A Agência Nacional de Transportes Terrestres se manifestou sobre o ocorrido e disse que instaurou um processo administrativo para monitorar o caso. O órgão ressaltou que o ônibus “estava com a documentação e os cadastros regulares para o transporte interestadual de passageiros” (leia a nota completa ao final do texto).
As equipes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Polícia Civil foram acionadas para atender a ocorrência.
NOTA DA REAL EXPRESSO
A Real Expresso lamenta profundamente o ocorrido às 3h24 da madrugada de hoje, envolvendo um de seus veículos na MG 223 próximo a Araguari. O ônibus, que havia saído de Anápolis (GO) às 20h30 de ontem com destino a São Paulo, transportava 53 passageiros.
Desde a ocorrência, nossas equipes foram mobilizadas imediatamente, incluindo profissionais especializados, para prestar apoio no local e junto a familiares. Até o momento foram confirmadas 11 vítimas fatais. 16 feridos foram levados para o Hospital da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) e para a UPA de Araguari e estão recebendo os devidos cuidados. Os demais foram liberados e seguiram viagem.
Estamos trabalhando em estreita colaboração com as autoridades responsáveis para investigar as causas do acidente e esclarecer todos os detalhes. Nesse momento estamos concentrados no apoio às vítimas e todo suporte às suas famílias.
Para familiares e pessoas que buscam mais informações sobre os passageiros, disponibilizamos nosso canal de atendimento 24 horas através do telefone 0800 728 1992, que está à disposição para fornecer todo o suporte necessário.