No Brics, Lula defende meios alternativos para troca comerciais

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25 de outubro de 2024
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No Brics, Lula defende meios alternativos para troca comerciais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a tutorar, nesta quarta-feira (23), a geração de meios de pagamentos alternativos para transações comerciais entre os países do Brics, conjunto de países em desenvolvimento do qual o Brasil faz segmento. Lula participou, por videoconferência a partir de Brasília, da 16ª Cúpula de Líderes do Brics, que ocorre em Kazan, na Rússia.

Para o presidente, a medida reduzirá a vulnerabilidades dessas nações e as assimetrias dentro do sistema financeiro internacional. “Não se trata de substituir nossas moedas. Mas é preciso trabalhar para que a ordem multipolar que almejamos se reflita no sistema financeiro internacional. Essa discussão precisa ser enfrentada com seriedade, cautela e solidez técnica, mas não pode ser mais adiada”, defendeu.

Lula abordou ainda temas que já são recorrentes em seus discursos em fóruns internacionais, porquê o combate às mudanças climáticas e à inópia, a sátira a guerras no Oriente Médio e Leste Europeu, a resguardo da taxação dos super-ricos e a democratização de marcos multilaterais.

Essa é a primeira cúpula do Brics com a participação dos cinco novos membros que ingressaram no conjunto leste ano: Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia. Até o ano pretérito, o Brics era formado exclusivamente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Cúpula 

Entre os assuntos tratados na cúpula de Kazan destacam-se as negociações para reduzir a subordinação do dólar no transacção entre os países do conjunto, além de medidas para fortalecer instituições financeiras alternativas ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial, controlados principalmente por potências ocidentais.

Em seu exposição, Lula citou a geração do Mecanismo de Cooperação Interbancária, por meio do qual os bancos nacionais de desenvolvimento do conjunto vão estabelecer linhas de crédito em moedas locais, “que reduzirão os custos de transação de pequenas e médias empresas”. Ainda destacou o trabalho do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco do Brics, comandado pela ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff.

“[O NDB] que neste ano completa 10 anos, tem investido na infraestrutura necessária para fortalecer nossas economias e promover uma transição justa e soberana”, disse, citando a carteira do banco com quase 100 projetos e com financiamentos da ordem de US$ 33 bilhões.

“Ele foi pensado para ser bem-sucedido onde as instituições de Bretton Woods continuam falhando. Em vez de oferecer programas que impõem condicionalidades, o NDB financia projetos alinhados a prioridades nacionais. Em vez de aprofundar disparidades, sua governança se assenta na paridade de voto”, acrescentou o presidente.

Bretton Woods é a cidade norte-americana onde foi realizada a conferência que criou o FMI e o Banco Mundial, posteriormente a Segunda Guerra Mundial, e que tinha o objetivo de elaborar regras para o sistema monetário internacional.

O presidente Lula também destacou o potencial econômico e mercantil e a mobilidade social elevada dos países do Brics e porquê as iniciativas do conjunto querem romper com a lógica de concentração de investimentos nos países desenvolvidos. “Representamos 36% do PIB [Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas nos países] global por paridade de poder de compra. Contamos com 72% das terras raras do planeta, 75% do manganês e 50% do grafite. Entretanto, os fluxos financeiros continuam seguindo para nações ricas”, lamentou.

“A atuação do Parecer Empresarial contribuiu para ampliar o transacção entre nós. As exportações brasileiras para os países do Brics cresceram 12 vezes entre 2003 e 2023. O Brics é hoje a origem de quase um terço das importações do Brasil. A Federação Empresarial de Mulheres está criando redes para fomentar o empoderamento econômico feminino e combater as desigualdades de gênero que persistem”, lembrou.

Brics no Brasil

Em 2025, o Brasil assume a presidência do Brics e Lula reafirmou a necessidade de modernizar as instituições de governança global e democratizar o acesso a tecnologias. O governo brasílio, segundo o presidente, quer “reafirmar a vocação do conjunto na luta por um mundo multipolar e por relações menos assimétricas entre os países”.

“Não podemos concordar a imposição de apartheids no chegada a vacinas e medicamentos, porquê ocorreu na pandemia, nem no desenvolvimento da perceptibilidade sintético, que caminha para tornar-se privilégio de poucos. Precisamos fortalecer nossas capacidades tecnológicas e propiciar a adoção de marcos multilaterais não excludentes, em que a voz dos governos prepondere sobre interesses privados”, defendeu o presidente brasílio.

“Muitos insistem em dividir o mundo entre amigos e inimigos. Mas os mais vulneráveis não estão interessados em dicotomias simplistas. O que eles querem é comida farta, trabalho digno e escolas e hospitais públicos de chegada universal e de qualidade. E um meio envolvente salubre, sem eventos climáticos que ponham em risco sua sobrevivência. É uma vida de tranquilidade, sem armas que vitimam inocentes”, acrescentou.

Lula criticou as guerras em curso no mundo e repetiu a fala do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, na Tertúlia Universal das Nações Unidas, em setembro deste ano, de que a Filete de Gaza se tornou “o maior cemitério de crianças e mulheres do mundo”.

“Essa insensatez agora se alastra para a Cisjordânia e para o Líbano. Evitar uma escalada e iniciar negociações de tranquilidade também é crucial no conflito entre Ucrânia e Rússia”, disse o presidente brasílio, no evento presidido pelo presidente russo, Vladimir Putin.

“No momento em que enfrentamos duas guerras com potencial de se tornarem globais, é fundamental resgatar nossa capacidade de trabalhar juntos em prol de objetivos comuns. Por isso, o lema da presidência brasileira será Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”, anunciou o presidente.

Agendas comuns

Durante o exposição, Lula ainda agradeceu o escora dos membros do Brics à presidência brasileira do G20, em 2024, e aos temas defendidos pelo Brasil para a redução das desigualdades no mundo, porquê a taxação dos super-ricos e o combate à inópia.

“Nossos países implementaram nas últimas décadas políticas sociais exitosas que podem servir de exemplo para o resto do mundo”, disse, convidando os países a integraram a Federação Global contra a Míngua e a Pobreza, que será lançada oficialmente na Cúpula de Líderes do G20, conjunto das 19 maiores economias do mundo, da União Europeia e União Africana. O encontro ocorrerá em novembro, no Rio de Janeiro, quando se encerra a presidência brasileira.

O presidente lembrou ainda da tarifa de combate às mudanças climáticas e voltou a cobrar maior esforço dos países ricos no financiamento de medidas de prevenção e mitigação. Para ele, entretanto, também cabe aos países emergentes “fazer sua segmento” para limitar o aumento da temperatura global. “Os dados da ciência exprimem um sentido de urgência sem precedentes. O planeta é um só e seu horizonte depende da ação coletiva”, alertou.

“O Brics é ator incontornável no enfrentamento da mudança do clima. Não há incerteza de que a maior responsabilidade recai sobre os países ricos, do qual histórico de emissões culminou na crise climática que nos aflige hoje. É preciso ir além dos US$ 100 bilhões anuais prometidos e não cumpridos, e fortalecer medidas de monitoramento dos compromissos assumidos”, disse o presidente, ao falar sobre a cúpula do clima das Nações Unidas (COP30) de 2025, que será sediada em Belém.

Ouça na Radioagência Nacional:

 

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