VINHETA CRIANÇAS SABIDAS🎶
SUBVINHETA: G20🎶
SOBE SOM🎶
SUBVINHETA: Incidente 1 – O que é o G20🎶
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AKEMI: Oi pessoal! Eu sou Akemi Nitahara, jornalista da Empresa Brasil de Notícia. O ano de 2024 foi tão intenso, com tantos assuntos, que voltamos com mais um podcast Crianças Sabidas para explicar outro tema muito importante que movimentou o Brasil, e, principalmente, o Rio de Janeiro, que foi sede da reunião de cúpula: o G20.
MADU: G20? Eu conheço o 5G, aquela internet traste que dizem que já tem em um monte de lugar, mas nem funciona muito muito.
CAETANO: Concordo! Cá mesmo no estúdio onde gravamos na EBC o sinal mal chega a 4G…
AKEMI: Ih, está dando confusão… Vamos explicar isso recta. Mas, primeiro, vocês podem se apresentar?
MADU: Simples! Eu sou a Maria Eduarda, a perguntadeira do Crianças Sabidas.
CAETANO: Eu sou o Caetano Farias, o explicador cá do podcast. Mas também não sei tudo, né? Tem muito G nessa história…
AKEMI: É outro tipo de G. Quando a gente fala de internet, o G significa GERAÇÃO, logo o 5G é internet de quinta geração. O G do G20 é de GRUPO e se refere a países. Essa história dos países se reunirem em grupos começou com o G7, lá em 1975…
MADU: Eita que faz muito tempo!
AKEMI: Faz mesmo! Nem eu era nascida!
CAETANO: Se era G7 logo eram sete países, visível?
AKEMI: Isso mesmo. Esse grupo reunia Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unificado e Estados Unidos, que eram os países mais industrializados e representavam mais da metade da riqueza do mundo todo. E também tinham os maiores índices de desenvolvimento humano do planeta.
MADU: Mas se já eram os mais ricos e os melhores lugares para viver, eles se reuniram pra que?
CAETANO: Pra continuarem sendo os mais ricos, né? Rico não pensa em dividir.
AKEMI: Era mais ou menos isso. Teve uma crise econômica, que ficou conhecida uma vez que Crise do Petróleo…
MADU: Portanto está na hora de invocar nosso convidado pra explicar melhor, né?
ROBERTO: Eu sou Roberto Goulart Menezes, sou professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília. E eu criei e coordeno o grupo de reflexão G20 no Brasil, cá no Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, com outros colegas pesquisadores de diferentes partes do Brasil. Tem gente da Amazônia, tem gente de São Paulo, tem gente de Goiás. Portanto, é um grupo que se reúne para refletir sobre aquilo que foi resolvido no G20 e também pensar seus desdobramentos nos diferentes países que integram o G20.
CAETANO: O convidado perfeito para o tema!
AKEMI: Muito perfeito, não é?
MADU: Mas logo, porque esses países que já eram os mais ricos resolveram se reunir?
ROBERTO: O G7, ele foi criado em 1975, mas com o nome de G5, porque o Canadá e a Itália não faziam segmento. Ele foi criado por conta da crise do petróleo nos anos 70 no Oriente Médio. Ou seja, os países, eles extraiam petróleo a um preço muito plebeu e vendiam também a um preço muito plebeu. Em 1973, logo, no contexto do conflito também de Israel com os palestinos, levou a um aumento muito rápido do preço do petróleo. E nós sabemos que sem vontade não há desenvolvimento, não é? E com isso, em 1975, logo as cinco maiores economias do mundo criaram um grupo, que em 1976, somou-se a eles a Itália e o Canadá, logo passou a ser o G7. E o G7 sempre foi o espaço em que os países, as sete principais economias do mundo, compartilhavam também as impressões, as avaliações sobre o curso da economia mundial, sobretudo. É evidente que, por exemplo, o Brasil, ele já chegou a ser a sexta economia do mundo, a sétima economia do mundo, mas nem por isso ele ingressou no G7. Nos anos 90, a Rússia passou a ser um país convidado do G7. Portanto, era chamado G7 mais um.
CAETANO: Portanto é um clube dos países ricos, que discutem economia. Não parece ponto pra moçoilo…
AKEMI: É que tudo o que eles discutem e decidem impacta o mundo todo, né? Por exemplo, o petróleo é peça fundamental em muitas coisas. Se fica mais custoso, o transporte de mercadorias fica mais custoso, com isso, os provisões podem permanecer mais caros e mais pessoas podem passar lazeira porque não conseguem comprar comida. Mas o G7, ou G8, foi só uma introdução pra gente falar do G20.
MADU: Portanto, uma vez que surgiu o G20, por fim?
ROBERTO: Em 1997 teve uma crise econômica na Ásia que afetou vários países. E isso levou a uma grande instabilidade financeira no mundo uma vez que um todo. Portanto, um conjunto de países resolveram melhorar a cooperação entre si para tentar prever, ou, pelo menos, minimizar o risco de novas crises. A crise é constitutiva do capitalismo, ou seja, a crise no capitalismo sempre existiu e é muito difícil que ela não venha a ocorrer no horizonte. E naquele momento, essa instabilidade foi gerada por um conjunto de países na Ásia, ali naquela região onde fica a China, a Coreia do Sul, né, a Malásia, a Indonésia. Portanto, a crise não afetou diretamente a China, mas a China sofreu seus efeitos, assim uma vez que o Japão. Portanto, um grupo de 19 países, que são as 19 maiores economias do mundo, entre as quais o Brasil, a Argentina, o México, mais os países da União Europeia, eles se reuniram a partir de 1999 para pensar formas de cooperar e tentar tornar as relações financeiras internacionais mais previsíveis, podemos expressar assim.
AKEMI: O professor Roberto fala da China, né? Que é a segunda maior economia do mundo e não faz segmento do G7. Isso mostra uma vez que esse grupo estava moroso em relação ao desenvolvimento dos países.
MADU: Mas logo o G20 é só outro grupo de países ricos, com mais países que o G7?
AKEMI: É um pouco mais que isso, Madu. No G20 entram países que são chamados em desenvolvimento, uma vez que o Brasil, e que tem grandes problemas sociais. No início, as reuniões eram só do setor da economia, uma vez que os ministros da Quinta e os presidentes do Banco Medial de cada país. A partir de 2009, passaram a reunir os chefes de governo ou de estado, uma vez que presidentes, primeiros-ministros e reis. Isso aconteceu depois da crise econômica de 2008.
CAETANO: Mais crises econômicas… quando esse ponto vai chegar aonde a gente entende?
AKEMI: Peço só um pouco mais de paciência, já vamos chegar lá. Agora, o G20 reúne 19 países, dos 5 continentes, mais a União Africana e a União Europeia, com nações consideradas desenvolvidas e em desenvolvimento. Juntos, esses países representam dois terços da população do planeta, 75% do transacção internacional e 85% do PIB mundial.
CAETANO: PIB é o Resultado Interno Bruto, significa a quantidade de riqueza que um país produz.
AKEMI: Os 19 países do G20 são:
MADU: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina e Austrália.
CAETANO: Brasil, Canadá, China e Coreia do Sul.
MADU: Estados Unidos, França, Índia, Indonésia e Itália.
CAETANO: Japão, México, Reino Unificado, Rússia e Turquia.
MADU: Por que tem a União Africana e a União Europeia? Se tem países dessas regiões que já estão na lista?
AKEMI: São blocos regionais, organizações mais amplas que representam os interesses dos blocos. Mas cada país também tem seus próprios interesses, né?
CAETANO: A União Africana reúne os 55 países do continente. Já a União Europeia é composta por 27 países, sendo que a Europa tem 50 países.
MADU: E uma vez que funciona o G20?
AKEMI: A cada ano, um país fica uma vez que presidente do G20. Em 2024, foi a vez do Brasil, por isso que a reunião foi no Rio de Janeiro. Antes foi a Índia e os próximos são África do Sul e Estados Unidos. Na reunião que teve agora em novembro, no Rio de Janeiro, muita coisa importante foi discutida.
MADU: Mas essas reuniões todas são pra falar sobre o quê?
CAETANO: É só papo de gente grande ou tem alguma coisa que interessa para nós, crianças?
AKEMI: Olha, eu acho que as crianças devem encetar a entender de todos os assuntos… mas, sim, realmente tem muito tema complicado, tipo redução de risco de desastres, transacção e investimento, arquitetura financeira internacional e governança global.
MADU: Nossa… que coisas complicadas… não quero entender disso agora não.
CAETANO: O professor Roberto vai explicar um pouco mais.
ROBERTO: Sim, o principal motivo é a economia, mas a geopolítica, ou seja, os diferentes problemas que nós temos em curso no mundo, uma vez que, por exemplo, a guerra na Ucrânia, Ucrânia e Rússia, a guerra de Israel contra os palestinos na Filete de Gaza, nós temos diferentes acontecimentos geopolíticos do mundo que acabam também entrando na tarifa de discussão dos países membros do G20. E, nesse ano, nós tivemos uma novidade, porque agora se juntou a União Africana. É um grupo que representa um pouco uma vez que 85% da economia do mundo. Portanto, as decisões que são ali tomadas não têm uma implicação, ou seja, não significa que os países tenham que adotá-las, mas ali você tem um espaço importante para compartilhar, né, diferentes visões sobre uma vez que resolver as principais questões que afligem o mundo.
AKEMI: Acho que a gente pode focar nas coisas que interessam às crianças agora, né?
CAETANO: Instrução!
MADU: Cultura!
CAETANO: Meio envolvente e emergência climática!
MADU: Penúria e desigualdade!
AKEMI: Visível! Vamos fazer um incidente pra cada ponto desses, tá muito? A gente fala o que todos esses países se comprometeram na Enunciação Final da Reunião do G20.
MADU E CAETANO: Combinado!
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CRÉDITOS
MADU: Oriente foi o primeiro incidente do podcast Crianças Sabidas sobre o G20. Eu sou a Maria Eduarda Arcoverde, a perguntadeira.
CAETANO: E eu sou Caetano Farias, o explicador. Crianças Sabidas é uma produção original da Radioagência Vernáculo, um serviço público de mídia da EBC, a Empresa Brasil de Notícia. Você pode ouvir os outros episódios do Crianças Sabidas cá no site da Radioagência Vernáculo, nos tocadores de áudio e com versão em Libras no Youtube.
AKEMI: A reportagem, roteiro, apresentação e montagem foram minhas, Akemi Nitahara.
Edição e coordenação de processos de Beatriz Arcoverde, que também fez a implementação web junto com Lincoln Araújo.
Caio Freire Cardoso Oliveira grava o título dos nossos episódios.
Gravação de Jaime Batista e Tony Godoy.
Tradução em Libras da equipe de tradução da EBC.
A música tema original foi composta por Ricardo Vilas e também usamos composições de Newton Cardoso para o banco de trilhas de EBC.
CAETANO: Tchauzinho!
MADU: Até a próxima!
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