A Confederação Vernáculo do Transacção de Bens, Serviços e Turismo (CNC) celebrou a peroração do negócio entre o Mercosul e a União Europeia (UE), avaliando que ele levará ao fortalecimento das relações comerciais e gerar novas “oportunidades econômicas e a consolidação de laços históricos e culturais entre os blocos”.
O acordo, firmado nesta sexta-feira (6), estabelece uma das maiores áreas de integração econômica do mundo, abrangendo um mercado de mais de 750 milhões de consumidores, com participação de 17% da economia global e 30% das exportações mundiais de bens.
O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, disse que a entidade apoia iniciativas que promovam a competitividade do setor produtivo brasiliano, fomentando a sustentabilidade e a inovação. Segundo Tadros, a CNC teve participação ativa nas tratativas, defendendo os interesses do setor de negócio de bens, serviços e turismo brasiliano.
“O negócio reflete o compromisso com o desenvolvimento sustentável, promovendo práticas que conciliam prolongamento econômico e preservação ambiental, essenciais para prometer um horizonte promissor às próximas gerações”, disse. “Esse negócio abre novos horizontes para nossas empresas, promovendo maior competitividade, chegada a mercados globais e oportunidades de negócios para os setores de bens, serviços e turismo”, concluiu.
ApexBrasil
A Filial Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) também avalia que, com a liberalização do negócio entre Mercosul e a UE, os mercados europeus podem restabelecer sua preço na taxa exportadora brasileira.
Apesar de a UE ser o segundo maior parceiro mercantil do Brasil, com um negócio de mais de R$ 90 bilhões em 2023. Dados da lucidez de mercado da ApexBrasil, entre 2003 e 2023, mostram que a participação do conjunto nas exportações do país caiu de 23% para 13,6%. Conforme a filial, isso é resultado do aumento do negócio com o Leste Asiático, destacadamente com a China, principal parceiro mercantil no país.
Segundo o presidente da Apex, Jorge Viana, o negócio retoma a preço desse negócio bilateral e é uma oportunidade para diversificação e associação de valor aos produtos brasileiros exportados.
“O negócio entre o Mercosul e a União Europeia envolve 25% da economia global e 780 milhões de pessoas. É um negócio estratégico, para o qual o presidente Lula contribuiu decisivamente, desde o lançamento das negociações em seu primeiro governo até sua diplomacia presidencial ativa nesse procuração, tendo visitado líderes do Mercosul e da União Europeia. Graças a esse esforço, o Brasil poderá aproveitar as mais de 1.800 oportunidades de pequeno prazo para o conjunto que a ApexBrasil mapeou, com destaque para uma ampla gama de produtos, porquê moca, milho, suco de laranja, mel oriundo, aviões, calçados, móveis de madeira, entre muitos outros”, afirmou Viana.
CNI
A indústria também se manifestou a saudação do negócio. Para a Confederação Vernáculo da Indústria (CNI), a iniciativa é benéfica para a diversificação das exportações da indústria brasileira, fortalecendo a competitividade do Brasil em nível global, com a ampliação da base de parceiros comerciais.
Nesta sexta-feira, os chefes de Estado do Mercosul e a representante da UE, Ursula von der Leyen, anunciaram a que foi firmado o negócio de livre negócio para redução das tarifas de exportação entre os países que compõe esses mercados. As negociações se arrastavam há 25 anos.
O negócio foi anunciado em entrevista à prelo em Montevidéu, no Uruguai, onde ocorre a 65ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul.
Apesar das negociações terem sido encerradas, ainda é necessário que o negócio seja assinado. Os textos negociados passarão por revisão jurídica e serão traduzidos para os idiomas oficiais dos países. Em seguida, o negócio precisa ser legalizado internamente em cada uma das nações. Não há prazo para a finalização desse processo.