Donos de clínica suspeitos de deformar pacientes têm prisão mantida pela Justiça
Segundo a Polícia Civil, o casal é suspeito de deformar pacientes em uma clínica de estética em Goiânia.
Donos de clínica presos usaram óleo de silicone em pacientes em Goiânia, diz delegado ![https://s01.video.glbimg.com/x240/13417880.jpg]
Os influenciadores e donos de clínica de estética, Karine DE e o marido dela, Paulo César Dias, tiveram a prisão mantida pela Justiça após uma audiência de custódia nesta quinta-feira (13). Segundo a Polícia Civil, o casal é suspeito de deformar pacientes em uma clínica de estética em Goiânia.
Eles foram presos preventivamente na última quarta-feira (12), cerca de um mês após serem soltos por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo o delegado do caso, Daniel de Oliveira, eles usaram substâncias proibidas como óleo de silicone e o PMMA em procedimentos estéticos e cirúrgicos de alto risco.
A defesa de Karine DE afirmou que a influenciadora nega o uso do óleo de silicone, como informado pelo delegado. O advogado da Karine, Romero Ferraz, argumenta que a acusação deve provar o uso da substância, mas que a investigação ainda não foi concluída.
“Não existe relatório final da autoridade policial. Não existe denúncia feita pelo Ministério Público. Ela tem o direito do devido processo legal justo. Se tem essa convicção, inclusive antecipando a culpa dela, que relate o inquérito e o MP ofereça denúncia. Ela exercerá o direito de defesa dela”, declarou.
Sobre a prisão preventiva, a defesa afirmou, em nota, que discorda absolutamente da decisão decretada pela prisão preventiva dela. Segundo a defesa, a decisão “se valeu de narrativas falsas e da repugnante criminalização da advocacia para tentar impedir o direito constitucional de defesa, evidenciando práticas de lawfare” (veja a nota completa ao final da matéria).
Ao DE, o advogado de defesa de Paulo disse que ele reafirma que todos os procedimentos realizados na clínica de estética foram realizados dentro dos mais rigorosos protocolos. “Jamais foi utilizada qualquer substância proibida em qualquer cliente, muito menos óleo de silicone” (veja a nota completa ao final da matéria).
Segundo a Polícia Civil, o casal foi preso em razão das acusações de formação de organização criminosa, falsificação de produtos terapêuticos, lesões corporais gravíssimas, exercício ilegal da medicina, estelionato e outros crimes relacionados à prática de procedimentos estéticos e cirúrgicos sem a devida qualificação técnica e autorização legal.